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  • Foto do escritorJulia Melo

[Você tem que assistir]: Fleabag

Atualizado: 23 de nov. de 2019


Fleabag já estava na minha listinha por indicação da galera do podcast Um Milkshake Chamado Wanda e meus amigos, que indicação! 


Dirigida e estrelada por Phoebe Waller Bridge, a série conta a história de uma jovem londrina, que não possui nome, mas que possui uma vida que poderia ser a minha, a sua ou a de uma conhecida. A personagem se encontra entre o meio termo de ''sou um mulherão da porra, faço o quero'' com ''estou completamente perdida e desesperada''. 


Dona de um café com decoração de porquinho da Índia, com a vida sexual ativa, um humor incompreendido e mil dilemas da vida adulta, desde contas que não fecham, à pai que namora a madrinha que se aproximou da família após a morte de sua mãe, nossa jovem tenta viver a vida da forma que dá, principalmente depois do suicídio acidental de sua melhor amiga. 


O que mais me encantou na série é o diálogo que a personagem faz com nós, telespectadores, a cada vez em que olha pra câmera e simplesmente nos conta as coisas. É como se, tirando sua irmã, somos a única amiga que ela possui, e como acabamos nos identificando com alguns de seus dilemas, parece que em algum momento, ela é a nossa única amiga também, que nos compreende e está ali quando precisamos, sem julgamentos, apenas para ouvir e vez ou outra, darmos boas risadas. A ausência de um nome para a mesma também me faz pensar como a série é incrível, pois meio que fica algo de ''pode ser qualquer um, então o nome não importa''. 


A série nasceu como um stand-up escrito e atuado pela Waller-Bridge, em 2013 para um festival na Escócia. Chamou a atenção da BBC  e entrou para a TV inglesa em 2016. Hoje, pode ser encontrada na Amazon Video. Possui duas temporadas de muitos sorrisos, mas também muitas lágrimas, o que chega a ser irônico, já que é tão curta. 


Para além de me identificar com certos conflitos da vida da personagem, me sentir tão próxima, devido a quebra da quarta parede (termo que vem do teatro para explicar a parede imaginária que separa os atores do público), me fez relembrar que tudo bem a vida estar não estar da maneira como esperávamos. Sempre fui a louca das listas e dos planos, e desde que tenho adentrado essa nova fase da vida, o ''ser adulto'', nada tem saído como planejado. E para a virginiana que sou, o peso das coisas fora do lugar ou do roteiro, sempre é muito maior. Mas tá tudo bem, porque nunca vai ser como a gente planeja. Ou as vezes até vai, mas o caminho para chegar no nosso pote de ouro - muitas vezes repleto só de pequenos, mas preciosos, segundos de paz - vai ser diferente do que pensamos. E tá tudo bem, de verdade. O mais importante é aproveitarmos o caminho e aprendermos ele.


Vale a pena ficar de olho nessa grande roteirista e atriz inglesa. Por isso, indico mais duas séries suas, que foram criadas durante as temporadas de Fleabag, Crashing, disponível na Netflix, e Killing Eve, disponível no GloboPlay - que também pretendo assistir em breve. Phoebe já tem um próximo projeto chamado ''Run'', que sairá pela HBO. 

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